O Instituto de Arte Contemporânea (IAC) apresenta a exposição Modus Operandi, dedicada ao processo criativo de Regina Silveira, uma das mais importantes artistas brasileiras contemporâneas. A exposição não se limita a reunir obras icônicas de sua trajetória, mas convida o público a mergulhar na metodologia rigorosa e investigativa que caracteriza sua produção. Através de maquetes, esboços, esquemas e estudos preparatórios, a artista desvenda os bastidores de sua obra, revelando o pensamento visual que estrutura sua prática.

Regina Silveira​
Corredores para Abutres – desenho preparatório, 1982
Lápis e caneta sobre papel milimetrado 

Dividida em oito núcleos, a exposição percorreu diversos países, consolidando-se como um marco na trajetória da artista e na difusão internacional de sua obra. Cada núcleo destaca diferentes aspectos de sua pesquisa, evidenciando as múltiplas abordagens e suportes utilizados por Regina Silveira ao longo de sua carreira.

​Regina Silveira sempre explorou a relação entre luz e sombra, presença e ausência, real e ilusório.

“de um modo geral, as exposições trazem os produtos acabados, 
irretocáveis, deles expurgando os passos complexos, 
os desvios e as deformacões que os levaram a existir. 
Regina Silveira vem ao IAC para desvendar seu processo de trabalho, 
coloca-o sobre a mesa, à vista de todos.”

— Agnaldo Farias, curador

Regina Silveira, Porto Alegre, RS, Brasil, 1939.

Bacharel em Belas Artes pelo Instituto de Artes da UFRGS (1959); Mestre (1980) e Doutora (1984) pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, Brasil, desde a década de 60 a artista tem uma extensa carreira docente, no Brasil e no exterior.

Participou de diversas bienais, como Bienal de São Paulo (1981, 1983, 1998, 2022), Bienal Internacional de Curitiba (2013, 2015) Bienal do Mercosul (2001, 2011), Porto Alegre, Brasil; Bienal de La Habana, Cuba (1986, 1998 e 2015); Médiations Biennale, Poznan, Polônia (2012); 6ª Bienal de Taipei, Taiwan, (2006); 2ª Trienal de Setouchi, Japão (2016); Bienal Sur, Argentina (2017) e Riad (2019). Algumas das suas exposições coletivas mais recentes são: “Sous les Pixels, la Matière”, Pont du Gard, França, 2024; “Walking through Walls”, Martin Gropius Bau, Berlim, Alemanha, 2019; “Die Macht der Vervèelfältigung”, Leipziger Baumwollspinnerei, Leipzig, Alemanha 2019; “Radical Women: Latin American Art”, 1960-1985, Hammer Museum, Los Angeles, EUA, 2017; Brooklyn Museum, NY, EUA, 2018, Pinacoteca do Estado, SP, Brasil, 2018; “Mixed Realities”, Kunst Museum, Stuttgart, Alemanha, 2018; “Imprint”, Academy of Fine Arts, Varsóvia, Polônia, 2017; “Future Shock”, Site Santa Fe, Novo México EUA, 2017; “Consciência Cibernética (?)”, Itaú Cultural, São Paulo, Brasil, 2017.

As últimas exposições individuais de Regina são: “Destructures For Power”, La Virreina, Centre de la Imatge“, Barcelona, Espanha, 2024-2025; “Regina Siveira: Other Paradoxes”, Museu de Arte Contemporânea -MAC/USP , São Paulo, Brasil, 2021-22; “Limiares”, Paço das Artes, São Paulo, Brasil 2020; “Up There”, Farol Santander, São Paulo, Brasil, 2019; “EXIT”, Museu Brasileiro da Escultura – MuBE, São Paulo, Brasil, 2018; Unrealized /NãoFeito “, Alexander Gray Associates, NY, USA, 2019, “Todas As Escadas”, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil, 2018; “Regina Silveira”,; “Crash”, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil, 2015; “El Sueño de Mirra y Otras Constelaciones”, Museo Amparo, Puebla, México, 2014; “1001 Dias e Outros Enigmas”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre Brasil, 2011; “Abyssal”, Galeria Atlas Sztuki, Lodz, Polônia, 2010; “Lumen”, Museo Nacional de Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha, 2005.

As bolsas internacionais recebidas foram das John Simon Guggenheim Foundation (1990), Pollock-Krasner Foundation (1993) e Fulbright Foundation (1994).

O seu trabalho está representado em muitos acervos públicos, entre outros: Banco de la República de Bogotá, Bogotá, Colombia; Coleção Itaú, São Paulo, Brasil; Coleção SESC, São Paulo, Brasil; El Museo del Barrio, New York, USA; Museum of Fine Arts, Houston, TX, USA; MAC – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Brazil; MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – São Paulo, Brazil; MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brazil; Agnes Etherington Art Centre, Kyngston, Canada; San Diego Museum of Contemporary Art, La Jolla, USA; Taipei Fine Arts Museum, Taiwan; The Museum of Modern Art, New York, USA ; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil; Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Spain. https://reginasilveira.com

Agnaldo Farias é professor da FAUUSP, curador e crítico de arte.